Sempre tenho a preocupação de passar aos meus leitores, e que não são poucos, o melhor de minha experiência, da Ciência e das idéias que surgem a cada dia, no mundo da corrida de rua.
A cada instante, onde quer que eu vá, sempre procuro visualizar novas idéias e conceitos, comparando, sempre, com a realidade de nosso país.
Estive recentemente na Alemanha, orientando um corredor que teve o seu batismo em uma das melhores provas do mundo da atualidade.
Sem dúvida, eu deveria estar cem por cento para acompanha-lo durante todo o percurso mas, isso não me foi possível. Como alguns sabem, no dia 17 de setembro último, ou seja, ha exato um mês, fui envolvido em um acidente automobilístico, causado por um dorminhoco ao volante, que arrastou duas fileiras de grades que separavam o trânsito de carros e os corredores. Eu fui uma das 7 vítimas e que, a principio, acreditava, não tomaria muito da minha condição para correr os 42 km da prova. Ledo engano: passei os 15 primeiros quilômetros orientando o corredor, para depois terminar caminhando e curtindo uma das mais maravilhosas provas do atletismo mundial.
Sem ressentimentos, o corredor terminou bem a prova, eu simplesmente acabei. Os demais dias, aproveitei para fazer um passeio e assistir, de "camarote", a maratona de Munique.
A prova de Munique, sem dúvida, é uma prova bem mais simples, quando falamos da sua gigantesca irmã, e que congrega corredores da Alemanha e demais países vizinhos, mas muito longe de ser uma prova muito glamorosa, quando se fala em quantidade e qualidade dos participantes. O tempo dos cinco primeiros lugares, sem dúvida foi razoável, porém, muitos brasileiros teriam ganho esta prova, além da prova de 10 km, que certamente, outros tantos corredores brasileiros teriam subido nas três posições do pódio.
Como não estou aqui para fazer o papel de Advogado do Diabo, que Deus me perdoe, concordo que nossas provas acomodam maior quantidade de corredores, melhor condição física, quando se tratando da proporção de obesos e sobre peso. Fiquei mais satisfeito em saber que nossos corredores, modo geral,se apresenta dentro de uma proporção ainda menor, quando se comparado com a da maratona de Munique. Até ai, nem um problema com relação de ser correr "obeso", mas como um termômetro de saúde e bem estar, estamos nos destacando em relação a prova daquele país que acumula história riquíssima de atletismo profissional.
Nosso país ainda engatinha o atletismo de corrida de rua, e isso é um bom sinal para nós, apresentando uma forte tendência para melhorar o quadro de potência em saúde, também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário